21/11/2017 10:07 am

Adolescente da Funac conquista 1º lugar em concurso de redação da DPU

Por Érica Gomes

Uma socioeducanda do Centro de Juventude Florescer,Unidade feminina, da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac)  e aluna do  8º ano, do ensino fundamental, da Escola Unidade Integrada Emesio Dário de Araújo, levou o primeiro lugar no concurso de redação da Defensoria Pública da União. É a primeira vez que a adolescente participa de um concurso.

Com o tema “‘Mais Direitos, Menos Grades”, a seleção contou com mais de 6.607 redações inscritas de todo o Brasil, sendo 5.044 de estudantes privados de liberdade.  O resultado foi divulgado na tarde da última sexta-feira (17).

A presidente da Funac, Elisângela Cardoso destaca os avanços da escolarização dentro do sistema socioeducativo e comemora a participação dos adolescentes. “O Governo do Estado tem garantido o cumprimento deste direito fundamental, que é a escolarização. A nossa equipe tem orientado os socioeducandos na redescoberta de seus valores, direitos e deveres, trabalhando em forma de projetos significativos para sua vida, como forma de despertar o potencial de cada adolescente. O concurso foi uma oportunidade dos adolescentes colocarem em prática temas que são trabalhados com a equipe técnica e escolarização”, ressalta.

Com a proposta de suscitar debates relacionados à educação e à cidadania, o 3° Concurso de Redação da DPU foi dividido em cinco categorias, 11 adolescentes que cumprem medidas socioeducativas nas unidades da Funac, sendo três do Centro de Juventude Florescer e oito do Centro Socioeducativo de Internação Masculina de São Luís, participaram da terceira categoria que contempla alunos do 6° ao 9° ano do ensino fundamental e alunos do 1° ao 3° ano do ensino médio, em cumprimento de medida socioeducativa.

A diretora do Florescer, Miriam Machado destaca a participação das adolescentes no concurso. “Dentro do processo socioeducativo elas passam a ter acesso a assuntos em diversas áreas como cidadania, ética, direitos e deveres, entres outros. O concurso de redação proporcionou conhecimento não somente a elas, mas também a todos os servidores. A equipe da DPU visitar a Unidade, explicar o trabalho desenvolvido pela Defensoria e sobre o concurso foi muito importante”, comenta.

De acordo com a diretora do Florescer, sobre o tema da redação, as socioeducandas tiveram o aprofundamento dos direitos fundamentais, estabelecidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), fazendo uma relação com a privação de liberdade.

“Termos um resultado positivo é bom para que as adolescentes percebam a sua capacidade, que elas podem refazer a sua vida desvinculada da prática do ato infracional. Aqui estamos todos muito felizes. Quero agradecer a toda a comunidade socioeducativa que se empenhou nesse processo, como os professores, a pedagoga e a gestão que incentivou para que pudessem participar desse momento”, comemora Miriam Machado.

A adolescente conta de onde veio a inspiração para produzir o texto que a classificou em 1º lugar. “A redação foi baseada nas minhas experiências dentro da Unidade e dos conhecimentos adquiridos, como o papel da Defensoria Pública da União, os direitos dos adolescentes. Pude relatar no texto, a vivência do que é cumprir uma medida de privação de liberdade”, explica.

“Ao receber a notícia da minha classificação eu fiquei muito feliz. Acredito na minha capacidade e que posso fazer diferente. Quero mostrar para a sociedade que é possível mudar dentro do sistema socioeducativo”, afirma a socieducanda.

A premiação para os vencedores em primeiro lugar em todas as categorias será um tablet.  Em relação às pessoas em situação de privação de liberdade e aos alunos em cumprimento de medida socioeducativa, o prêmio será entregue no dia em que forem liberados. Cada uma das três escolas vencedoras receberá um certificado de premiação e R$ 10 mil, a ser aplicado em equipamentos em proveito dos alunos.

O diretor da Escola U.I. Emesio Dário de Araújo, Marcus Pereira, fala sobre a satisfação de receber a notícia. “É gratificante saber que tivemos uma aluna classificada e o trabalho de mobilização que a Defensoria realiza em todo Brasil. A aprovação da socioeducanda servirá de incentivo para que outros alunos participem do concurso”, destaca.

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