Com novos objetivos de vida, Marcos escolheu dar continuidade aos estudos, se inserir no mercado de trabalho e valorizar sua família. “Elaboramos estratégias para que as metas deles fossem alcançadas, articulamos sua matrícula na escola, tivemos o apoio do Programa de Egresso da Funac e encaminhamos seu currículo para os empresários da região, com as formações profissionalizantes realizadas ainda na internação. Com seu empenho, ele retomou os estudos e tem trabalhado em um depósito de material de construção”, contou Tatiana Wolff, técnica da equipe do Creas.
Quanto à família, a equipe destaca que o empenho é contínuo. “Ele tem sido um pai responsável, acompanha a companheira nas consultas do pré-natal, e toda a família do jovem tem sido bem presente no processo socioeducativo dele e tudo isso tem contribuído para atingirmos o objetivo da medida que é desvincular de práticas delituosas e fortalecer sua reintegração sociofamiliar”, completou a técnica.
“Eu só tenho a agradecer por todo o trabalho que as equipes tem feito com meu filho. Apesar das dificuldades, ele tem conseguido reconstruir sua vida, ter outra visão e agora é só aguardar a chegada da minha netinha para a alegria ser completa”, celebrou a mãe de Marcos.
Lúcia Diniz, diretora técnica da Funac, reforça que o trabalho com o egresso de medida socioeducativa requer um conjunto de ações articuladas de órgãos de políticas públicas e da sociedade. “Por isso, é importante fortalecer as relações com as políticas de direitos fundamentais, com a escola, família e com o mundo do trabalho para que ofereçam possibilidades concretas de viabilização de novos projetos de vida. Toda essa articulação tem possibilitado os bons resultados desse jovem”, afirmou a diretora.
*Nome fictício utilizado para resguardar a privacidade do jovem