Nas unidades da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), as medidas socioeducativas são realizadas por meio de programas, que, por sua vez, são subdivididos em três fases: inicial, intermediária e conclusiva. Em cada fase, os adolescentes passam por diversos projetos, que duram em média quatro semanas. À medida que conseguem cumprir as demandas, eles evoluem no cumprimento da medida, e isto com todo o acompanhamento da equipe técnica e, também, do sistema de justiça, por meio de relatórios.
Nesta semana, 14 adolescentes das unidades do Centro Socioeducativo de Internação Masculina de São Luís (CSIMSL) e dos Centros de Juventude Sítio Nova Vida e Eldorado apresentaram os seus Seminários Temáticos, que é uma síntese de tudo o que o adolescente aprendeu de acordo com seu projeto/fase da medida socioeducativa.
História de vida e drogadição; respeito e valorização da família; a preservação da Amazônia e a questão indígena; e a importância da pessoa idosa, de ter valores de vida e do cumprimento da fase inicial de uma medida socioeducativa foram alguns dos temas apresentados pelos adolescentes nos seminários, assuntos que surgem das atividades escolares e dos grupos socioterapêuticos.
A temática sobre ódio e tolerância foi um das que mais chamou atenção da comunidade socioeducativa. “Eu escolhi esse tema porque é o que acontece diariamente nas relações das pessoas. O ódio e a tolerância sempre estão marcando momentos da nossa vida. No meu caso, o ódio me levou a fazer coisas erradas, não conseguia pensar direito antes de agir”, analisou o adolescente. “Por isso, é importante dizer que o ódio tem consequências ruins. A tolerância ajuda a evitar erros na vida. E quando eu cumprir minha medida, eu vou colocar em prática o que eu estou aprendendo aqui e vou ser muito mais tolerante com as pessoas e as situações”, contou o socioeducando durante a sua apresentação.
“Os seminários de fase são fundamentais porque faz o adolescente refletir sobre suas práticas, desde a sua preparação, a escolha do tema, a orientação com a equipe técnica, o debate sobre as situações que são vivenciadas por ele e que são reais na sociedade. Essa reflexão contribui para a mudança de pensamento e atitude do socioeducando, assim como para construir um novo caminho. É um exercício válido que muda a prática deles”, destacou a vice-diretora da unidade do CSIMSL, Josenilde Sales.
A pedagoga Thaís Guterres, da unidade do CSIMSL, pontuou que os grupos socioterapêuticos são subsídios também para observar a evolução de cada adolescente e dizer se ele está apto a mudar de projeto ou de fase. “É importante observar a superação e o entendimento deles do que é cada etapa da medida socioeducativa”, ressaltou.

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