“A felicidade que sinto em saber que eu conquistei o 1º lugar no concurso não tem como descrever. Agradeço as professoras que me incentivaram muito e acreditaram no meu potencial quando nem eu mesma achava que era possível”, essas são palavras de Clara*, adolescente que cumpre medida socioeducativa na Fundação da Criança e do Adolescente, e que com muita alegria comemora o primeiro lugar na 4ª edição do concurso de redação da Defensoria Pública da União (DPU).
Para Clara, a conquista foi muito especial e com o sentimento de superação. “Quando eu cheguei na Funac eu não gostava de ler e escrever, muitas vezes não me comportava direito na sala de aula porque tinha dificuldades de aprender e ficava nervosa. Com a ajuda da equipe e dos professores da unidade eu fui trabalhando isso em mim. Comecei a me preparar para o concurso e ler sobre direitos humanos e outros temas. Hoje, a adolescente que não sabia ler e escrever direito ganhou um concurso de redação. Estou muito feliz”, completou.
No mesmo concurso, Julia*, que também cumpre medida socioeducativa na Funac, garantiu o terceiro lugar com orgulho. “Eu só tenho a agradecer porque foi gratificante ter ganho o concurso de redação. Escrever sobre os direitos que as pessoas devem ter foi muito legal e com o esforço e orientação da professora nós conquistamos essa premiação. Eu vou levar essa experiência para a vida toda”, comemorou.
A vitória também é de Ana*, que encerrou o cumprimento da sua medida socioeducativa, e garantiu o segundo lugar no concurso, quando ainda estava na unidade.
Em referência aos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948, o concurso teve como tema nesta edição a “Promoção dos direitos humanos e garantia do acesso à justiça”. A Funac concorreu por meio do Centro de Juventude Florescer, na categoria III, que considera alunos do 6° ao 9° ano do Ensino Fundamental e alunos do 1° ao 3° ano do Ensino Médio, em cumprimento de medida socioeducativa de internação.
“Estou muito feliz com o resultado do concurso de redação da DPU. São adolescentes com potencialidades, capazes de expressar suas opiniões e conhecimentos aprendidos e que só precisam de boas oportunidades como esta para demonstrar o seu talento. Parabenizo as adolescentes, a comunidade socioeducativa do Florescer e os professores pela participação no concurso”, comemorou a presidente da Funac, Elisângela Cardoso.
Sobre o concurso, a gestora destacou também a iniciativa da Defensoria. “É muito importante o incentivo da DPU para o debate sobre os direitos humanos, através da reflexão sobre o tema, e para a participação dos adolescentes e jovens que cumprem medida socioeducativas no concurso de redação. A ação desperta o exercício da cidadania, contribui para melhorar a autoestima das adolescentes e a vitória é motivo de orgulho para nós, amigos e familiares”, acrescentou.
Como premiação, Clara receberá um tablet, que será entregue ao final do cumprimento da medida; Julia e Ana receberão um certificado e medalha de reconhecimento ao mérito, assim como a professora que orientou as redações.
Trabalho em equipe
Esta é a segunda vez que o Centro de Juventude Florescer participa e tem destaque no concurso de redação da DPU. A unidade inscreveu 5 adolescentes e conquistou as premiações do 1º, 2°e 3º lugar.
Para a diretora do Centro, Miriam Machado o êxito é resultado de um trabalho coletivo. Em agosto a unidade recebeu a equipe da DPU para uma palestra de orientação sobre o concurso e na escolarização a equipe de professores conduziu todo o processo de preparação das alunas.
“Realizamos uma oficina preparatória de dois meses com as adolescentes e todos os professores participaram ativamente. Trabalhamos minuciosamente os aspectos de uma redação, os temas relacionados com os direitos humanos de forma interdisciplinar, o papel da Defensoria, as legislações pertinentes nessa área e incentivamos a criatividade delas para expor o tema”, explicou a professora de português Patrícia de Fátima Corrêa, da Escola U.I. Emésio Dário de Araújo, que orientou as redações e leciona na unidade.
“É gratificante ver a evolução das adolescentes, principalmente da Clara*, que tinha muitas dificuldades na escrita e leitura. Ela superou tudo isso e neste ano já leu mais de 15 livros e venceu na redação. Mais que um concurso, essa vitória representa uma transformação na vida delas. Elas mereceram essa conquista!”, ressaltou a professora.
“Mais uma vez acolhemos com muita alegria essa premiação. Parabenizo as nossas socioeducandas que aceitaram participar do concurso e demonstraram para todos o seu potencial, é uma prova de que elas podem crescer cada vez mais e superar a prática do ato infracional”, ressaltou a diretora. “Quero agradecer também a toda a comunidade socioeducativa e aos nossos professores que se empenharam, incentivaram e orientaram as adolescentes para que pudessem participar e ter êxito no concurso. O trabalho em equipe fez a diferença”, destacou Miriam Machado.
O diretor da Escola U.I. Emesio Dário de Araújo, Marcus Pereira, comemorou a premiação pela segunda vez no concurso. “Desde a divulgação mobilizamos os professores para que eles pudessem incentivar as alunas a participar e o retorno foi positivo”, ressaltou. “Agora, comemoramos esse resultado pela segunda vez e estamos muito felizes com a vitória. Esperamos que elas consigam lutar e realizar seus sonhos a partir dos estudos. Parabéns para as adolescentes e os professores”, comemorou.
*nomes fictícios
        
                    
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