3/07/2017 10:39 am

Centro de Juventude Sítio Nova Vida, da Funac, realiza II Mostra do Conhecimento

Com o objetivo de expor os conteúdos abordados na escolarização e profissionalização durante o semestre letivo, o Centro de Juventude Sítio Nova Vida, unidade da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), realizou a II Mostra de Conhecimento, com a participação exitosa dos adolescentes e de toda a comunidade socioeducativa, nesta semana.

Na Mostra foram apresentados temas diversos como as transformações ocorridas ao longo dos séculos no meio ambiente, trazendo conteúdos das áreas de história e geografia; plantas que curam com o conhecimento da biologia; aprender matemática de forma lúdica com jogos criados durante as aulas; a cor da cultura, trabalhando as diferenças por meio da filosofia.

Destaque para os autores maranhenses e as lendas de São Luís com as aulas de português; a influência da religiosidade nas festas juninas e as simpatias realizadas no São João, trabalhadas por meio da arte e do ensino religioso que atraiu bastante o público; e o tambor de crioula e o alto do bumba meu boi, com a educação física.

“Eu gostei de adquirir conhecimento durante o semestre em todas as disciplinas. Aprendi bastante e conheci um pouco mais sobre as lendas e mistérios do Maranhão, gostei de repassar isso para as pessoas”, comemorou um dos adolescente que se destacou nas apresentações temáticas sobre as histórias que são contadas no período junino.

Outro adolescente destacou a escolarização e a oficina de música como atividades interessantes realizadas na unidade. “Além de ocupar minha mente com coisas boas, eu aprendi muito sobre música e os instrumentos na oficina e sobre os nossos escritores, principalmente Josué Montelo, durante as aulas de português”, contou o jovem.

A profissionalização teve um destaque especial na Mostra do Conhecimento. Os adolescentes apresentaram uma montagem do ciclo fundamental de refrigeração, orientando o público sobre os cuidados necessários com geladeiras para a sua conservação e controle do desperdício de energia, com a orientação do oficineiro Germano Soeiro. Para os adolescentes a formação profissional é muito importante. “Deu para aprender bastante nos cursos, me informar de coisas que eu não sabia e é possível sair daqui e ter uma profissão”, afirmou outro adolescente.

“É muito gratificante esse trabalho que desenvolvemos dentro da unidade com os adolescentes e a Mostra é uma vitrine que expõem tudo o que fazemos em sala de aula com eles, é válido ver o esforço deles para se apresentar bem e do quanto a escola e os estudos passam a ser importante na vida deles”, ressaltou a professora de português, Ingrid Mendonça.

Completando a programação, teve a premiação esportiva nas modalidades de futsal e basquete dos torneios realizados durante a rotina socioeducativa. “Eu tive um prazer de estar com os socioeducandos durante todo o o semestre que foi muito produtivo. Trabalhamos a capoeira, as danças e modalidades diversas de esporte, isso canaliza a inteligência deles para outras áreas”, observou a professora de educação física, Gorete Rabelo. O grupo de percussão “Sonho de Liberdade” encerrou as atividades com uma apresentação cultural, além de degustação de comidas típicas do período junino.

Escolarização 

“Fazer escola na socioeducação é desafiador, mas a II Mostra do Conhecimento prova que é possível superar as limitações. E a ideia foi compartilhar com o público tudo o que fazemos e aprendemos durante o semestre, nos interessa mais que o adolescente seja capaz de mostrar tudo o que sabe e o resultado foi alcançado com sucesso a partir de toda produção apresentada no evento”, comemorou a técnica em assuntos educacionais do Centro de Juventude Sitio Nova Vida, Ana Raimunda Melo, que organizou a atividade com os professores.

A coordenadora de programas socioeducativos da Funac, Nelma Silva, que representou a presidente Elisângela Cardoso, ressaltou a importância da escolarização de adolescentes dentro do contexto socioeducativo na abertura do evento. “A Mostra representa o produto de um semestre de trabalho na escolarização e isso significa dar a oportunidade do socioeducando expressar seus conhecimentos, falar dos conteúdos que mais gostou de aprender e, ao mesmo tempo, motivar para a importância da escola formal, da produção de conhecimentos, além de dar mais segurança para que ele possa se desenvolver, continuar pesquisando e aprimorar o seu estudo, seja dentro da unidade ou quando cumprir a medida socioeducativa”, frisou.

“A escolarização é um dos eixos que conseguimos materializar com maior concretude os resultados do trabalho que desenvolvemos, com a participação de 100% dos adolescentes inseridos em atividades escolares. Por isso agradecemos pelo empenho dos adolescentes, professores e técnicos que se dedicaram nas atividades e projetos da unidade, pela significativa contribuição nesse processo da medida socioeducativa”, destacou o diretor do Centro, Nikson Souza.

Texto e fotos: Priscilla Swaze