25/05/2020 11:29 am

Centros Socioeducativos da Funac promovem debates sobre escravidão e racismo

01 debate racismoOs Centros Socioeducativos da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) promoveram, neste mês, atividades com os socioeducandos para refletir sobre a abolição da escravatura no Brasil, com a promulgação da Lei Áurea de 1888, e seus impactos na sociedade atual como o racismo.

Em Imperatriz, no Centro Socioeducativo de Internação Semear, o tema foi explanado a partir do filme “12 anos de Escravidão”, seguido por um debate conduzido pela equipe da unidade com os socioeducandos. A reflexão abordou todas as formas de discriminação racial e quais as consequências.

O tema também foi dialogado pela equipe do Centro Socioeducativo de Internação Provisória da Região dos Cocais, em Timon, que além de falar com os socioeducandos sobre o racismo, demarcou aspectos do surgimento e a ilegalidade desta prática. Os adolescentes assistiram um curta metragem sobre a história da escravidão no Brasil, participaram de uma roda de conversa e de dinâmica caça-palavras.

A coordenadora dos Programas Socioeducativos Regionalizados, Eunice Fernandes, destacou que é pertinente abordar aspectos como racismo, desigualdades e a garantia de direitos com os socioeducandos. “São temas que incidem na realidade deles e, por isso, devem ser analisados com os adolescentes para a construção de um entendimento crítico e reflexivo sobre a sociedade”, acrescentou.

“Alguns adolescentes desconheciam a fundo a história da escravatura no Brasil. Durante a atividade foi notável a perplexidade diante de tantas atrocidades; várias questões foram levantadas em relação às leis e proteção à população negra. Através desses questionamentos, os adolescentes conseguiram identificar os resquícios da escravidão no atual momento em que vivemos e refletir sobre a perpetuação do racismo”, analisou a psicóloga da unidade, Tamires Macêdo.

Para os socioeducandos, o debate foi esclarecedor e marcante. “A escravidão, a vinda dos negros para o Brasil foi muito sofrida. Eles passavam fome, sede, muitos morriam com o trabalho pesado e os maus tratos. Foi um processo muito difícil, que até hoje tem consequências para a população negra como o racismo, a dificuldade para sobreviver e ter acesso às coisas”, disse um adolescente.

“O filme mostrou como era injusto o tratamento com o povo negro. Eu não sabia que tinha sido tão ruim a escravidão. Hoje, a gente vê que o racismo continua presente, porque uma pessoa negra não recebe o mesmo tratamento ou tem acesso aos seus direitos que uma pessoa branca, mesmo se tiver formação superior”, refletiu outro socioeducando.

A assistente social da internação provisória de Timon, Ravena Barroso, declarou que as atividades alcançaram o seu objetivo. “Os adolescentes conseguiram refletir sobre o contexto da população negra na sociedade, a partir da abolição da escravidão até a precariedade das políticas na sociedade atual e, com a atividade, eles compreenderam esse processo histórico”, frisou.

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