A Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) por meio da Escola de Socioeducação do Maranhão (ESMA) promoveu o diálogo socioeducativo com o tema “A família na contemporaneidade: desafio e reflexões”, para discutir o conceito de família considerando as novas estruturas familiares hoje presentes na sociedade e os desafios colocados no sistema socioeducativo.
Participaram do debate: Maria Raimunda Araújo de Oliveira – “As Novas configurações Familiares”; Greyciane Mendes Costa – “A convivência familiar dos adolescentes em medida Socioeducativa de Internação”; Benigna Regina Castro Martins Almeida – “A família na contemporaneidade: desafios e limites no atendimento Socioeducativo” e Tatiane Carvalho, com a palestra – “A Participação da família no Atendimento Socioeducativo do meio aberto”.
De acordo com a diretora da ESMA, Magdhayl Portela, a temática sobre família se apresentou por meio das discussões e reflexões nas salas de aula da Escola de Socioeducação. “Os questionamentos chegaram dentro da nossa sala de aula e percebemos a necessidade de ampliarmos essa discussão e oportunizar a participação de outros profissionais no evento”, diz.
A presidente da Funac, Sorimar Sabóia Amorim, destaca que o profissional que atua no atendimento socioeducativo deve identificar as dificuldades familiares e contribuir para que as famílias busquem possibilidades de mudança social e melhor qualidade de vida.
“Um trabalho de sucesso é aquele que a família e a instituição falem uma só linguagem. A discussão sobre família tem nos motivado bastante e o perfil dos adolescentes atendidos pela Fundação vem de um contexto econômico e social diversificado. Nós temos a missão de ajudar os adolescentes e suas famílias a encontrar seu caminho, e esse caminho precisa ser de retorno harmonioso, respeitoso, um retorno que todos nós almejamos. Que o adolescente possa melhorar a sua trajetória de vida em outros espaços”, afirma a presidente.
A palestrante e assistente social, Benigna Almeida ressalta que existem desafios no trabalho socioeducativo com o surgimento e ampliação do conceito de família. Ela pontua ainda que é essencial o profissional criar alternativas para atender as novas demandas. “Achei muito pertinente a atividade desenvolvida, pois o trabalho com família, principalmente do atendimento socioeducativo, é muito complexo. É preciso pensar em alternativas e inovações para que realmente o trabalho com a família surta efeitos e seja envolvida como parte fundamental no processo de socioeducação”, comenta.
Para Maria Raimunda, que debateu as novas configurações familiares, atualmente na sociedade contemporânea, o modelo tradicional não é o único. “Hoje existem novos tipos de família e sempre surge mais um, a legislação brasileira abraça o conceito de “família” associado à afetividade”, explica.
Isabelle Martins, estudante de serviço social da Faculdade do Maranhão (FACAM), participou da atividade motivada pelo projeto de pesquisa. “Achei a tarde enriquecedora e ampliei o meu conhecimento referente à temática. Conheci a organização das famílias na contemporaneidade e acredito que seja necessário respeitar o conceito que o adolescente tem de família”, frisa.
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