
Diretores, equipes técnicas e educadores das unidades de semiliberdade da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), participaram do seminário de capacitação sobre a aplicação da medida de semiliberdade no Maranhão, na sexta-feira (07), no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho.
Entre os objetivos da ação, a proposta foi debater sobre a metodologia de atendimento da medida de semiliberdade; socializar a intervenção técnica interdisciplinar de atendimento aos adolescentes usuários de substâncias psicoativas; e, por fim, fomentar a intersetorialidade das políticas públicas na socioeducação. O debate sobre as medidas socioeducativas faz parte das iniciativas de capacitação realizadas pela Funac.
A presidente da Fundação, Elisângela Cardoso, destacou que a formação contínua das equipes técnicas é uma necessidade constante no meio socioeducativo. “O nosso trabalho exige momentos de reflexão para ofortalecer a condução das atividades, principalmente, na proposta da semiliberdade, uma das fases dos programas de medidas socioeducativas que tem seus desafios e complexidades, mas a gestão da Funac acredita no potencial da execução como uma ação diferenciada na vida do adolescente em cumprimento de medida socioeducativa”, ressaltou.
Para a diretora técnica, Lúcia Diniz, a experiência é um caminho em construção. “A proposta de atendimento por fases destaca o trabalho de envolvimento das famílias e o protagonismo juvenil dos socioeducandos e a rede de políticas públicas: educação, formação profissional, cultura, esporte e lazer, pontos que estamos articulando. O grande desafio ainda é a necessidade de formação específica em saúde mental para aprimorar o atendimento aos adolescentes que fazem uso de substâncias psicoativas”, ponderou. Como encaminhamento da formação, a cada trimestre será realizado um encontro avaliativo do atendimento por fases.

Na apresentação da proposta do atendimento em fases na semiliberdade, o seminário teve a colaboração da assistente social, Eunice Fernandes, responsável pela sistematização e experiência piloto na instituição e também da coordenadora dos Programas Socioeducativos, Nelma Pereira. Quanto a temática sobre a intervenção técnica no atendimento de adolescentes usuários de substâncias psicoativas, o debate contou com a contribuição dos profissionais o psicólogo, Wladmir Gama, e a assistente social, Saleth Birino, ambos especialistas em saúde mental e integrantes das equipes técnicas da Fundação, com ampla experiência de socioeducação.
Para Saleth Birino, “a medida de semiliberdade tem como pontos positivos a possibilidade de por meio da construção coletiva da comunidade socioeducativa envolver o adolescente num processo efetivo de ressignificação de valores e mudança comportamental, visto que o adolescente, de fato, se verá no processo como sujeito e não objeto, responsabilizando-se pelos seus atos”, explicou.
Outro diferencial desse medida é que a prática educativa se faz por meio de pequenos grupos, garantindo o atendimento personalizado, o fortalecimento dos vínculos familiar e comunitário, a inserção na vida escolar e profissionalizante numa ação que se articula, intrinsecamente, com a comunidade.
A rotina sociopedagógica; a relação com o sistema de justiça; o fluxo de comunicação e envolvimento na execução; avaliação técnica para a convivência familiar e comunitária e seu acompanhamento; e o acesso e garantia a rede de políticas públicas foram outros pontos debatidos na formação.

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