A Fundação da Criança e do Adolescente (Funac) realizou uma reunião de alinhamento sobre Assistência Religiosa no âmbito dos Centros Socioeducativos, com lideranças da Religião de Matriz Africana. A atividade aconteceu no auditório da Escola de Socioeducação do Maranhão (ESMA).
O objetivo da reunião foi esclarecer e alinhar aspectos importantes com as instituições, a respeito da portaria n. 1843/2019 da Funac, que dispõem das diretrizes, princípios e normativas para a execução desse atendimento aos (às) socioeducandos (as).
A presidente da Funac, Sorimar Sabóia avaliou a reunião e destacou ainda a importância da assistência religiosa, que é um dos direitos fundamentais previstos pela lei do Sistema Nacional do Atendimento Socioeducativo (Sinase). “A assistência religiosa deve ser garantida de acordo com a crença ou credo religioso do socioeducando e conforme seu desejo. Ela se constitui como um dos eixos da proposta pedagógica e visa contribuir para o desenvolvimento dos socioeducandos no processo socioeducativo. A reunião foi integradora e de partilha dos desafios enfrentados para a garantia da assistência religiosa e sua diversidade ”, afirma.
A diretora Técnica. Lúcia Diniz que coordenou a reunião agradeceu às instituições pela disponibilidade em contribuir com o Atendimento Socioeducativo, por meio das atividades religiosas nas unidades. “A Funac teve a oportunidade de esclarecer e apresentar a diretriz a respeito da assistência religiosa, e eles de compreenderem como funciona a rotina socioeducativa e que as instituições religiosas são ferramentas importantes no processo pedagógico de ressocialização dos socioeducandos”, pontua.
Paulo de Aruanda destacou o Decreto 37761, de 28 de setembro de 2022, que estabelece a Política Estadual de Proteção aos Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e Afro-brasileiros. “Existe as especificidades dos ritos das religiões de matriz africana e se faz necessário avaliar até que ponto a Fundação está preparada para receber o trabalho da religião de matriz africana nos Centros Socioeducativos”, enfatiza.
José Alexsandro Rosa Correa, da Casa Fanti Ashanti esclareceu como funciona o processo de quando um (a) adolescente se autodeclara pertencente a uma religião de matriz africana. “Tem uma “casa” e que a autoridade maior é, obrigatoriamente o líder da casa, nesses casos não se pode direcionar o(a) adolescente para uma outra Casa”, explicou.
Jô Brandão, representante do Coletivo Dan Eji se manifestou e falou da importância histórica do momento e sugeriu que a reunião seja ampliada à outras instituições religiosas. “É preciso que ocorra modificações na Portaria 1843/2019 para contemplar as especificidades das religiões de matriz africana, a exemplo de não possuírem CNPJ, além de outras questões. É importante promover também um momento formativo com os servidores da Funac”, diz.
E nesse sentido, será realizada em janeiro de 2023, uma reunião ampliada para estudo e revisão da portaria que norteia a assistência religiosa na Fundação, para que seja elaborado um protocolo específico para a Religião de Matriz Africana e também será discutido o processo formativo dos servidores que atuam nos Centros Socioeducativos.
Presentes na reunião: Lúcia Diniz – Diretora Técnica (Dirtec) e Pollyana Gonçalves – Assistente Social (Dirtec); equipe da Coordenação dos Programas Socioeducativos, Josivaldo Luís – Psicólogo e Marluce Viegas – Assistente Social; Priscilla Swaze, diretora da ESMA e representantes das instituições da Matriz Africana – José Alexsandro Rosa Correa, Casa Fanti Ashant; Rodrigo – Casa de Nagô; Lya Josilene Brandão – Coletivo Dan Eji e Paulo de Aruanda – Terreiro Nossa Senhora da Vitória.
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