21/08/2017 10:38 am

Governo garante cursos profissionalizantes para adolescentes em medida socioeducativa

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Governo garante cursos profissionalizantes para adolescentes em medida socioeducativa. (Foto: Priscilla Swaze)

“Aqui eu tive oportunidade de ampliar meus conhecimentos, de aprender novas coisas, é um incentivo para quando eu sair daqui conseguir um emprego mais qualificado e seguir a vida”, disse esperançoso um dos adolescentes que cumpre medida socioeducativa no Centro de Juventude Sítio Nova Vida, unidade de internação da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac). Ele e outros socioeducandos foram capacitados em cursos profissionalizantes como Instalador Hidrossanitário (bombeiro hidráulico), Reparador de Aparelhos de Refrigeração Doméstico e Reparador de Aparelhos Eletrodomésticos, realizados semanalmente, durante o primeiro semestre, como parte do eixo de profissionalização da rotina socioeducativa.

De ventilador a aparelho de ar condicionado, passando por furadeiras e bebedouros, de tudo um pouco os adolescentes aprenderam a consertar nos cursos e toda a comunidade socioeducativa apoiou a ideia. “Alguns eletrodomésticos que estavam parados na unidade, hoje, funcionam por causa dos adolescentes, que consertaram durante as aulas práticas dos cursos, inclusive, muitos servidores trouxeram seus aparelhos para ajeitar aqui e gostaram da prestação do serviço”, explicou o diretor interino da unidade, Alexsandro Farias.

A presidente da Funac, Elisângela Cardoso, destacou a importância da profissionalização como um passo fundamental na mudança do projeto de vida dos adolescentes. “Por meio dos cursos, oportunizamos um novo horizonte para o adolescente, que através do conhecimento pode sonhar e construir caminhos melhores para sua vida, porque, de fato, o que eles precisam é de oportunidade para estudar e buscar uma profissão como qualquer outro adolescente”, frisou a gestora que acrescentou “Nesse sentido, a Funac tem buscado potencializar as ações profissionalizantes dentro das unidades, por meio de parcerias e de ações intersetoriais, para ampliar o número de adolescentes atendidos, reforçando o compromisso com as nossas metas de governo”.

Em 2017, somente na unidade do Sítio Nova Vida, já foram realizadas 37 certificações profissionalizantes. A ideia é superar os índices de 2016, quando foram emitidas 136 certificações nos cursos de formação profissional como Bombeiro Hidráulico, Eletricista Predial, Instalador Hidráulico, Reparador de Eletroeletrônicos, Mecânica de Motos e Informática, conforme o Relatório de Gestão da Funac. Os cursos foram realizados nas unidades de internação de São Luís, Paço do Lumiar e Imperatriz, em parceria com a Secretaria de Trabalho e Economia Solidária (Setres), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e do Instituto de Qualificação Ensino Profissional (IQEP).

Governo garante cursos profissionalizantes para adolescentes em medida socioeducativa. (Foto: Priscilla Swaze)

Governo garante cursos profissionalizantes para adolescentes em medida socioeducativa.
(Foto: Priscilla Swaze)

Mercado de trabalho

Para o professor Germano Soeiro, do IQEP e que atua desde 2016 como oficineiro dos cursos profissionalizantes na unidade Sítio Nova Vida, as formações com carga horária de 100 horas agregam maior versatilidade na formação dos adolescentes, favorecendo a inserção no mercado de trabalho.

“Os cursos ofertados dão plenas condições para o adolescente atuar no mercado de trabalho com os conhecimentos adquiridos, assim como abrem inúmeras possibilidades: podem trabalhar no comércio especializado, atuar em empresas de manutenção e assistência técnica ou podem optar por serem empreendedores, montando seu próprio negócio, com poucos recursos”, reforçou o professor Soeiro. “Agora ele tem possibilidade de escolha, porque é um conhecimento válido para o resto da vida”, frisou.

E já tem adolescente que pretende seguir pelo caminho do empreendedorismo. “Fiz dois cursos aqui na unidade desde que cheguei. Gostei do curso de reparador de eletrodomésticos, de consertar coisas, me ajudou a aprender algo novo e pensar diferente. Quando sair, pretendo montar minha oficina para trabalhar”, disse animado.

“A proposta é justamente cumprir as metas pactuadas com o próprio adolescente por meio do Plano Individual de Atendimento (PIA), no eixo de profissionalização, com vistas a garantir uma educação voltada ao mercado de trabalho e que, a partir desta formação, consiga melhores chances de empregabilidade, de competir a uma vaga de emprego, e, assim, construir um projeto de vida desvinculado da prática de atos infracionais”, ressaltou a coordenadora técnica da unidade, Leidiane Irineu.

Governo garante cursos profissionalizantes para adolescentes em medida socioeducativa. (Foto: Priscilla Swaze)

Governo garante cursos profissionalizantes para adolescentes em medida socioeducativa. (Foto: Priscilla Swaze)

Formação completa

“Procuramos trabalhar os conteúdos de forma dinâmica utilizando, por exemplo, vídeos e desenhos para fixar atenção dos adolescentes, com isso, eles visualizam o conteúdo que estão estudando de forma real, absorvendo melhor o conhecimento nas aulas teóricas e práticas”, explicou o oficineiro, Germano Soeiro.

Os cursos profissionalizantes vão além. Mais que transmitir conhecimentos técnicos, a atividade busca desenvolver uma formação humanizada para o mercado de trabalho, por meio de aulas e debates sobre relacionamentos interpessoais, focando ainda na importância de ter bons valores humanos e uma atitude ética.

A Coordenadora dos Programas Socioeducativos, Nelma Pereira, ressaltou que mesmo o adolescente estando privado de liberdade, ele tem garantido os seus direitos fundamentais. “Todas as unidades tem uma proposta pedagógica que contempla o direito a educação, a profissionalização, o esporte e lazer e a vivência da espiritualidade. Nós pensamos no adolescente que está cumprindo medida socioeducativa na sua totalidade como ser humano, oportunizando todos os direitos fundamentais conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase)”, explicou.

Ao final das aulas, duas vezes por semana, a equipe técnica realiza um torneio de futebol entre os adolescentes participantes. Essa atividade integra e melhora os vínculos, com uma disputa saudável, que preza pelo respeito e é uma forma mais leve de ensiná-los sobre os aspectos importantes da convivência em sociedade. Uma nova oportunidade de vida em todos os sentidos.

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