Galões de água rachados, latas de leite e garrafas pet vazias se transformaram em lixeiras, brinquedos e equipamentos de academia pelas mãos dos socioeducandos da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac). Os novos utensílios foram confeccionados a partir de projetos e iniciativas de meio ambiente desenvolvidos nos centros socioeducativos da Fundação, neste mês. O objetivo das ações foi demonstrar aos adolescentes que, na prática, objetos que seriam descartados no lixo podem ganhar nova utilidade a partir da coleta seletiva e da reutilização de resíduos sólidos.
“O debate sobre reciclagem, reutilização de resíduos e a coleta seletiva perpassa uma discussão macro e de grande importância para a sociedade, que é a preservação do meio ambiente, as relações humanas e o uso sustentável dos recursos. Falar dessa temática no ambiente socioeducativo é preparar os socioeducandos para que eles construam a sua percepção enquanto cidadãos a respeito do meio que vivenciam e a natureza, na perspectiva de agregar experiências de forma colaborativa, a partir de atitudes de cuidados e a conservação dos recursos. Trabalhar o reaproveitamento, por exemplo, é apresentar a ideia do consumo equilibrado, que possa trazer benefícios para ele e a sociedade, aspecto importante no processo de ressignificação”, destacou a coordenadora dos Programas Socioeducativos, Jucimeire Rabelo.
Em continuidade às atividades de conscientização sobre o meio ambiente, o Centro Socioeducativo do Vinhais promoveu uma oficina do Projeto Cultivar para os socioeducandos, reutilizando galões de água, que estavam vencidos e rachados, em lixeiras de coleta seletiva para ensinar a comunidade socioeducativa sobre a correta separação do lixo.
Protagonismo dos socioeducandos marcou esse processo, colocando em prática todo conhecimento que adquiriram na oficina a respeito dos cuidados com o lixo doméstico e coleta seletiva. “Nem tudo o que chamamos de lixo é lixo. Podemos reutilizar, reciclar, dar novas utilidades para o que descartamos, por isso, a coleta seletiva é importante e tem seu papel na preservação do meio ambiente”, disse consciente um dos socioeducandos.
“A gente tem que ter consciência de que o mundo e a natureza precisam ser cuidados, que devemos saber reaproveitar e reutilizar os materiais e, principalmente, o lixo”, afirmou outro.
De acordo com o coordenador de Higiene e Alimentos da unidade do Vinhais, Victor Martins, a coleta seletiva é uma das formas mais ecológica de descarte do lixo. “Com o projeto Cultivar, abordamos diversos aspectos sobre o meio ambiente, desenvolvimento sustentável, e conseguimos despertar a consciência ambiental dos socioeducandos, a partir da reutilização e da coleta seletiva, alertando-os para evitar o desperdício e a contaminação dos recursos naturais não renováveis. Dos resultados, identificamos que os adolescentes foram participativos, contribuíram com a proposta escolhida e protagonistas na confecção das lixeiras a partir dos galões de água”, acrescentou.
No Centro Socioeducativo da Região Tocantina (CSRT), em Imperatriz, os socioeducandos refletiram sobre os impactos ambientais em meio à pandemia, bem como, a responsabilidade quanto ao meio ambiente, que deve ser exercida por todos. E para colocar em prática o que aprenderam, os adolescentes deram nova utilidade, de forma lúdica, para materiais como latas de leite e tampas de garrafa pet utilizando-os nas brincadeiras de pé na lata, telefone sem fio e jogo da memória com tampinhas de garrafa.
“Com a atividade sobre a reutilização dos materiais, aprendi que eu devo ter responsabilidade com o lixo que eu produzo e com o meio ambiente. Fazer vários tipos de brinquedos com esses materiais é umas das ações que posso fazer para contribuir e ainda ajudar crianças que não tem condições de ter um”, falou o socioeducando.
O coordenador técnico da unidade do CSRT, Ricardo Alencar, comenta sobre o trabalho de conscientização a partir do projeto e que o objetivo é ter uma ação continuada. “Mostramos para eles que cada pessoa tem a sua responsabilidade e participação na preservação do meio ambiente. Trabalhamos os impactos ambientais de modo particular neste tempo de pandemia. Podemos contribuir de várias maneiras, e uma das quais abordamos foi com a questão da reciclagem, o que fazer e como podemos fazer. Foi bom ver a boa resposta dos socioeducandos com o tema abordado”, demarcou.
No Centro Socioeducativo Florescer, unidade feminina da Funac, as socioeducandas ressignificaram conceitos sobre preservação do meio ambiente e reutilização no projeto Todos pela Sustentabilidade Socioambiental (TSS), com a confecção de materiais de academia a partir de resíduos sólidos como canos de plástico e garrafas pet.
“Destaca-se que a preservação do meio ambiente depende de todos nós, com pequenas atitudes individuais, com mudanças de hábito simples como não desperdiçar água, separar o lixo corretamente, economizar energia, reciclar e reutilizar materiais. Ao fazer isso, já estamos contribuindo para um mundo melhor, para um meio ambiente com qualidade e sustentável para todos”, completou a diretora da unidade, Miriam Machado.

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