22/08/2014 4:28 pm

Técnicos da internação provisória participam do treinamento do SIPIA

A equipe técnica da unidade de internação provisória (Anexo, localizado no bairro do Anil), da Fundação da Criança e do Adolescente (Funac), encerrou nesta quinta-feira (21), um treinamento para capacitação dos usuários do Sistema de Informação para Infância e Adolescência (Sipia) no módulo do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase).

O Sipia Sinase é um sistema nacional de acompanhamento de medidas socioducativas em versão Web. Além de gerar e organizar dados em nível municipal, estadual e nacional o programa permite a criação de uma rede digital com o monitoramento do fluxo de atendimento aos adolescentes em conflito com a lei.

Esse Sistema se fundamenta na garantia e defesa dos direitos preconizados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca) e será responsável por acompanhar o processo dos jovens autores de atos infracionais desde o primeiro atendimento, passando pela internação provisória, aplicação, execução e acompanhamento das medidas socioeducativas em meio de semiliberdade e internação, subsidiando ainda as instituições que executam essas ações com informações constantemente atualizadas, a exemplo das Varas da Infância e Juventude, Ministério Público e demais órgãos competentes.

Treinamento  com técnicos do  Centro da Juventude Canaã

O Sipia/Sinase não é  um instrumento só de banco de dados, mas de política pública. Para a advogada, Alessandra Dias,  “O Sistema vai facilitar bastante, além de diagnosticar a situação dos adolescentes autores de atos infracionais a nível nacional, ele permitirá o monitoramento ao atendimento desses jovens e por estar interligado com outros órgãos da justiça, será um avanço”, ressalta.

No treinamento, para usar o SIPIA,  são utilizados casos fictícios, que servem para tirar  todas as dúvidas. “O Sistema constitui uma base para a formulação de políticas públicas no setor”, comenta João Leandro, psicólogo do Centro da Juventude Canaã.

Uma ferramenta muito boa para dinamizar o trabalho, o programa é bem prático e vem somar com o trabalho da equipe técnica do sistema socioeducativo, afirma a assistente social, Greycianne Mendes.

Já o psicólogo, Vladmir Gama, acredita que o sistema irá reforçar o trabalho em equipe “O sistema vai sintetizar o máximo de informações que pode ter do adolescente.Uma visão geral da impressão dos outros técnicos”, diz Gama.

Graciela Campelo, responsável pelo Atendimento inicial, fala sobre a implantação do sistema” Vai facilitar muito no atendimento, por ser um sistema interligado, todas as informações processuais dos adolescentes poderão ser encaminhadas pelo próprio sistema para a unidade de atendimento”, afirma.

Alessandro Farias, Diretor do Centro da Juventude Canaã, explica que “o sistema dar todas as informações, que foram coletadas no atendimento inicial, desenvolvendo assim o trabalho da equipe”, conclui.

Após o treinamento, os técnicos se prepararão para a implantação do Sistema.Para os administradores estaduais do sistema,  Marcos Espósito e Sabrina Ribeiro, “Esse é o primeiro passo para a implantação de um programa que será posteriormente levado a todas as unidades socioeducativas do Estado”, ressaltam.